Guardião do guardião

files_17_2012111312481498c5

Por Dinarte Assunção. Para ler a íntegra wp.me/p2X1gu-bA 

O Ministério Público decidiu ontem dar uma demonstração de poder. Em 12 estados, o parquet deflagrou com outros órgãos de controle uma megaoperação que nós, a mídia, convenientemente batizamos de “contra a corrupção”, justamente no momento em que se discute a Proposta de Emenda Constitucional 37, que se propõe a reduzir os poderes do MP e outros órgãos.
(…)
A bem da verdade o MP precisa rever seus tratamentos. Não há senso de justiça em cuidar dos iguais com igualdades: protege-se com quem se barganha e se oprime os oprimidos. Desiguais merecem desigualdades.
E apesar de tudo isso, o poder de investigar do MP deve ser mantido. Porque se por um lado temos um parquet que beira a arrogância em poderio; por outro, há uma polícia judiciária – principalmente a civil – completamente refém de interesses políticos.
Esta nação não está pronta para que a exclusividade da investigação recaia sobre esse tipo de polícia, que precisa ser fortalecida. Em que pese tal constatação, o MP precisa mudar.
Sêneca certa vez grafou que “é parte da cura querer ser curado”. É preciso que o Ministério Público, portanto, se reconheça entorpecido de falhas. Só pode se impor guardião aquele que não tem erros para serem apontados. Arvorar-se um protetor torpe enrobustece um questionamento que tem surgido porque os erros não são sanados nesse corporativista MP: quem vigiará o guardião?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

COLÍRIO DO BLOG

Bom pra vista !

Sorrindo com o blog