Por Dinarte Assunção. Para ler a íntegra wp.me/p2X1gu-bA
O Ministério Público decidiu
ontem dar uma demonstração de poder. Em 12 estados, o parquet deflagrou
com outros órgãos de controle uma megaoperação que nós, a mídia,
convenientemente batizamos de “contra a corrupção”, justamente no
momento em que se discute a Proposta de Emenda Constitucional 37, que se
propõe a reduzir os poderes do MP e outros órgãos.
(…)
A bem da verdade o MP precisa
rever seus tratamentos. Não há senso de justiça em cuidar dos iguais com
igualdades: protege-se com quem se barganha e se oprime os oprimidos.
Desiguais merecem desigualdades.
E apesar de tudo isso, o poder
de investigar do MP deve ser mantido. Porque se por um lado temos um
parquet que beira a arrogância em poderio; por outro, há uma polícia
judiciária – principalmente a civil – completamente refém de interesses
políticos.
Esta nação não está pronta
para que a exclusividade da investigação recaia sobre esse tipo de
polícia, que precisa ser fortalecida. Em que pese tal constatação, o MP
precisa mudar.
Sêneca certa vez grafou que “é
parte da cura querer ser curado”. É preciso que o Ministério Público,
portanto, se reconheça entorpecido de falhas. Só pode se impor guardião
aquele que não tem erros para serem apontados. Arvorar-se um protetor
torpe enrobustece um questionamento que tem surgido porque os erros não
são sanados nesse corporativista MP: quem vigiará o guardião?
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