Alex Rodrigues e Pedro Peduzzi - Agência Brasil
 
Aos 75 anos, o inventivo multi-instrumentista alagoano Hermeto Pascoal diz nunca ter pensado muito no futuro. Certo de que o amanhã chegará, sempre procura viver o presente. Sem pressa ou qualquer outra preocupação, além de cumprir com o que impôs como sua missão: “compor a música livre de adjetivos”. Objetivo que, a julgar pelas homenagens recebidas no seu aniversário, no último dia 22, parece ter atingido.
“Meu desejo é, a cada novo dia, fazer mais músicas. Acho que sempre vão faltar coisas para eu fazer, mas não abro mão da qualidade”, disse o músico à Agência Brasil durante rápida passagem por Brasília, no último dia 25. Embora saiba que “qualidade” não é algo consensual, Hermeto dá pistas do que o levou a receber convites para tocar com artistas como Miles Davis, John Lennon, Tom Jobim, Elis Regina e Roberto Carlos, além de orquestras e músicos de vanguarda mundo afora.
“Na música, o sujeito não pode ter uma balança com defeito [priorizando a quantidade em detrimento da qualidade]. Cada nota tem que ser boa. E eu também não faço nada para agradar o público. O que quero é compor o que me agrade para só então tocar para as pessoas”, comentou o artista, conhecido por fazer música não apenas com qualquer objeto, mas também usando animais como porcos e galinhas

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