POVO: Roteiro turístico alternativo no Ceará

 Além de conhecer as belezas naturais do litoral cearense, o turista pode fortalecer a economia local

Além das belezas naturais, os turistas poderão conhecer a cultura e os costumes locais (BANCO DE DADOS)
Você sabia que é possível viajar pelo litoral do Ceará e, ao mesmo tempo, ainda conhecer a cultura singular de dez comunidades costeiras, pelo custo médio de R$ 50 a hospedagem?
Batoque, Prainha do Canto Verde, Assentamento Coqueirinho, Ponta Grossa, Tremembé, Curral Velho, Flecheiras, Caetanos de Cima, Jenipapo-Kanindé (Aquiraz) e Tatajuba; de leste a oeste do litoral cearense, cidades ricas de belezas naturais, entre manguezais, lagoas, dunas e praias, reservam um roteiro alternativo de fazer turismo.
Juntas, as dez possibilidades de visitação integram a Rede Tucum, que desde 2008 promove um modelo de turismo voltado para a valorização da economia local, incluindo no roteiro de viagem atividades próprias da cultura da comunidade, como passeios de jangada e de catamarã, além de trilhas ecológicas e aulas de pesca. Todas as atividades são promovidas por famílias locais e o lucro é revertido em benefício para o crescimento da comunidade.
No litoral, de uma ponta à outra, os destinos possíveis abarcam uma amplitude de aproximadamente 500 km da zona costeira cearense, cuja área total é de 573 km. Em Fortaleza, a Rede conta com dois pontos de apoio, abertos para visitação, que oferecem hospedagem solidária (sem custo ou de custo mínimo): a Associação das Mulheres em Movimento e o Alojamento Frei Humberto.

Turismo comunitário
Desde 2008, as doze integrantes, incluindo comunidades litorâneas e os centro de apoio fortalezenses, atuam em organização comunitária para que o turismo praticado não substitua a pesca, a agricultura e o artesanato locais. A ideia é que as atividades turísticas sejam complementares às práticas culturais de cada lugar. “O diferencial desse tipo de turismo é que ele é gerenciado pelas pessoas da própria comunidade, não tem nenhum interventor que desenvolva isso. Restaurantes, pousadas e passeios são levados pra frente pelas famílias nativas”, explica Lindomar Fernandes, coordenador de turismo local da Prainha do Canto Verde.
De mãos dadas com a Rede Tucum para viabilizar essa alternativa estão o Instituto Terramar e a Associação Tremembé, de origem italiana. A coordenadora de projetos da Tremembé, a italiana Mônica Bonadiman, avalia que o turismo comunitário é uma outra forma de fazer turismo no País: “O Brasil lá fora é promovido turisticamente pelo sol, carnaval, pelas mulheres bonitas. Mas aqui no litoral não tem só isso. O povo que tem tradição não tem visibilidade e o turismo comunitário quer mostrar a verdadeira cara dos povos daqui”, disse.

SERVIÇO

Média de custo do turismo comunitário

Hospedagem: De R$ 25 a R$ 80 (com café da manhã)

Refeições: De R$ 12 a R$ 30

Passeios de jangada: R$ 65 a R$ 80 (1 a 4 pessoas)

Trilhas ecológicas: depende do grupo. Média: R$ 10 por pessoa

Mais informações: Instituto Terramar (apoiador da Rede Tucum) Rua Pinho Pessoa, 86 - bairro Joaquim Távora

Telefones: 3226.2476/ 3226.4154
info@tucum.org
 
NÚMEROS

80 Reais 
É o máximo gasto com hospedagem nas praias que fazem parte da Rede Tucum.

SAIBA MAIS ...
O diferencial do turismo comunitário

''Os turistas que decidirem ir para essas comunidades vão curtir a praia e ainda deixam um investimento, para o desenvolvimento local'', afirma Mônica Bonadiman. Para ela, a população de cada comunidade planeja o próprio turismo, e o visitante vivencia uma troca cultural com os nativos.
Juliana Diógenes

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