Saúde
SEDENTARISMO É O QUARTO MAIOR FATOR DE RISCO DE MORTES


A tendência ao sedentarismo aumenta no mundo e já é responsável pelo quarto maior fator de risco de morte, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A ausência de uma disciplina de atividades físicas como causa de mortes só perde para as doenças relacionadas ao aumento da pressão arterial, ao fumo e à glicemia elevada. Estudos mostram que várias doenças são atribuídas à falta de exercícios físicos regulares.
De acordo com profissionais da área, Mossoró acompanha o ritmo mundial, com um agravante: a cidade está cada vez mais urbana, mas não dispõe de espaços suficientes com infraestrutura adequada para a prática cotidiana de exercícios.
Atualmente, os mossoroenses dispõem apenas da Praça de Esportes como espaço específico para a prática de exercícios. Para ampliar as opções, os cidadãos improvisam pontos para fazer caminhada, como o Ginásio de Esportes Pedro Ciarlini e a Estação das Artes Elizeu Ventania.
No entanto, estes poucos espaços aliados à rotina acelerada de uma cidade de médio porte resulta no aumento do sedentarismo. "O que a gente vê nos consultórios é um aumento muito grande desses casos na cidade. Certamente podemos incluir o sedentarismo como um grave problema para o mossoroense", afirma o cardiologista Flávio Veras.
Para ele, a construção de locais como o Parque da Cidade é uma das alternativas para solucionar essa questão. "O Parque da Cidade certamente trará benefícios, principalmente se a questão da segurança for uma das prioridades. Porque, além dos equipamentos, é preciso garantir um espaço seguro para a população".
Por enquanto, conta Flávio, o que se observa na cidade é apenas uma grande quantidade de academias. "Mas para frequentar uma, é preciso ter um poder aquisitivo elevado, nem todo mundo pode pagar", diz. "Hoje, o mossoroense faz exercício de maneira improvisada e em locais improvisados".
De acordo com os estudos, o sedentarismo é responsável por pelo menos 21% dos casos de tumores malignos na mama e no cólon, assim como por 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas. As pesquisas foram feitas com três grupos distintos: crianças e adolescentes com idade de 5 a 17 anos, jovens e adultos com idade de 18 a 64 anos e homens e mulheres com mais de 65 anos.
O cardiologista explica que muitos desses fatores estão ligados à questão da obesidade. "O sobrepeso é uma das principais consequências do sedentarismo. Dessa forma, aumenta também a hipertensão e o colesterol. Ou seja, leva a uma série de outras doenças".
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